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HOSPITAL
RIO
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CAPA |
O VALOR
DA SAÚDE |
No
dia do Hospital dirigentes defendem a união para preservar
o setor |
“A
decisão do CADE proibindo a criação de
tabelas é absurda, porque qualquer profissional tem
o direito de determinar o preço de seu trabalho”,
afirmou o presidente da Frente Parlamentar da Saúde,
Dr. Rafael Guerra, durante o III Encontro Científico
da Academia Brasileira de Administração Hospitalar,
que aconteceu em julho, no Rio de Janeiro. “Os mesmos
advogados que participaram da ação têm
uma tabela respaldada pela Ordem dos Advogados do Brasil. Se
a OAB tem valores determinados, porque a Saúde não
pode ter também?”, questiona. O deputado também considerou arbitrária a conduta da Sul América que, através de uma circular, divulgou a lista de produtos e fornecedores que deveriam ser escolhidos pelos hospitais. “ Foi uma decisão unilateral e absurda que me decepcionou porque, na noite anterior, no dia 14 de junho, nós nos reunimos com o presidente da Sul América e de outras operadoras e fomos informados apenas que eles não iriam aceitar a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos. Mas em nenhum momento foi citado o documento que circularia no dia seguinte, em 15 de junho”, revelou Dr. Rafael Guerra. Para o presidente da Confederação Nacional da Saúde, Dr. José Carlos de Souza Abrahão, a atitude da operadora também foi inesperada. “A Sul América, que sempre foi exemplo de conduta, nos surpreende ao querer imputar uma lista de fornecedores. Sabemos que nossa sobrevivência depende da união de todos para a construção de relacionamentos mais equilibrados que quebrem paradigmas, mas é neste momento de tempestade que temos de provar que somos grandes navegadores”, incentiva Dr. José Carlos de Souza Abrahão. Divulgar para a sociedade “O tempo de colocar as soluções em prática já está se esgotando. O usuário precisa ter consciência do que se passa no Setor de Saúde e de que não é possível ter um atendimento de primeiro mundo pagando em média US$ 50,00 de mensalidade do plano de saúde, quando o investimento nos EUA, por exemplo, é de US$ 320,00”, afirma o presidente da Associação de Hospitais e Clínicas do Rio de Janeiro (AHCRJ), Dr. Guilherme Xavier Jaccoud. O deputado Rafael Guerra afirma que o governo, apesar de ter consciência da dramática situação do setor, não tem interesse em divulgar a realidade para a população. “Devemos nos manter unidos, porque a FPS não pode fazer nada sem a participação da sociedade civil organizada. Precisamos estar atentos para fazer pressão sempre que necessário, como foi o caso do ‘jalecaço’ que impediu o desvio de verbas da saúde”. Somente dessa forma teremos força para alcançar as vitórias”, convoca Dr. Rafael Guerra. O diretor técnico da Amil, Dr. Antônio Jorge Kropf, também acredita que o setor precisa se unir para divulgar para a sociedade o valor e a importância da saúde particular. “Precisamos preservar nossas conquistas, porque não há produto alternativo à medicina privada. A assistência à saúde tem problemas em todos os países do mundo. Precisamos aprender a tirar das dificuldades as soluções. Nós não temos que ter um otimismo irresponsável, mas temos a responsabilidade de sermos otimistas”, incentiva. Antônio Jorge acredita que a criação de uma agenda positiva é fundamental. “Cada um deve fazer a sua parte. Precisamos olhar para a frente e não mais ficar lamentando o que não deu certo. Devemos nos empenhar, por exemplo, em verificar de que forma poderemos chegar a 60 milhões de usuários”, propõe. Planejamento
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