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Setor
Hospitalar cobra das operadoras um novo índice de reajustes |
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Sem reajuste
não haverá assinatura de contratos.
Está foi a tônica do encontro entre os presidentes
da AHCRJ, SINDHERJ e AHERJ com sete operadoras de planos de saúde,
para tentar estabelecer um equilíbrio no relacionamento
com os prestadores de serviços. “Deixamos claro
que lutaremos por um índice que atenda às necessidades
urgentes dos prestadores de serviços”, afirma o
presidente da Associação de Hospitais e Clínicas
do Rio de Janeiro, Dr. Guilherme Xavier Jaccoud.
Para o dirigente, em relação ao encontro realizado
no ano passado, as empresas foram muito mais receptivas. As operadoras
disseram que somente a partir do 2º semestre de 2004 poderão
conversar sobre o assunto, pois pretendem ter uma noção
dos resultados das ações na justiça, além
das eventuais migrações de usuários.
O andamento das negociações com as operadoras e
a criação de novos contratos foram os principais
temas debatidos durante a Assembléia Geral Extraordinária,
realizada pelas Entidades Representativas dos Hospitais e Estabelecimentos
de Serviços de Saúde do Rio de Janeiro, no dia
27 de julho, no auditório do Centro Empresarial Mourisco,
em Botafogo, no Rio de Janeiro.
Segundo Dr. Guilherme, é preciso estar atento à qualquer
tipo de irregularidade e incoerência. “Continua a
orientação sobre a não aceitação
do contrato fornecido pelas operadoras com cláusulas abusivas.
Para servir como base e referência para os dirigentes hospitalares,
já está disponível no site da Associação
(www.ahcrj.com.br) um novo modelo de contrato que poderá ser
adaptado à realidade específica de cada estabelecimento”,
informa.
Entidades exigem reajuste antes da assinatura dos contratos
“
Não há como fazer um contrato novo com um preço
antigo, porque o aumento só poderá ser concedido
após um ano de contrato. Caso o hospital assine-o com
os valores antigos, não terá direito ao reajuste
de 2004”, avisa o presidente da AHCRJ, Dr. Guilherme Jaccoud.
As entidades hospitalares estão reivindicando um reajuste
de 45% nas diárias e taxas, que é o resultado de
55% menos os 10% concedidos no ano passado. “Estamos abertos à negociação,
desde que nossos preços sejam atualizados”, revela
Dr. Guilherme.
O presidente do SINDHERJ, Dr. Armando Carvalho Amaral, também
acredita que o administrador precisa ter maturidade na hora da
negociação para lutar por um valor justo. “Não
adianta nada ter contrato sem um preço atual. É preciso
ter coragem de dizer que não interessa trabalhar por um
valor irrisório”, alerta Dr. Armando.
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EQUILÍBRIO
NOS PREÇOS É SENSO COMUM |
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Segundo Dr. Armando Amaral, presidente
do SINDHERJ, as entidades hospitalares também estão empenhadas
em resolver a questão do alto custo dos produtos
hospitalares. “Queremos impedir que novas listas
abusivas, como a lançada em junho por uma operadora,
sejam impostas”, afirma.
O Sindicato está fazendo um levantamento de preços, que já está aberto
para consultas, e, em breve, estará disponível no site do SINDHERJ. “Pretendemos
criar uma lista que, de forma justa e equilibrada, atenda e esteja de acordo
com as necessidades dos hospitais”, informa.
Além disso, o presidente da AHCRJ, Dr. Guilherme Jaccoud, afirma que algumas
operadoras ainda querem pagar pelo valor médio de mercado. “Não
podemos aceitar receber 10, se pagamos 20. Devemos reconhecer nossos pontos fracos
para trabalhar de forma adulta e correta e, sempre que for preciso, lutar para
pagar o preço justo pelo produto adequado”, defende.
O dirigente também alertou sobre o excesso de serviços de hemodinâmica. “A
situação está complicada, a cada dia abre um novo serviço.
As empresas estão fazendo dumping e baixando os preços para conseguir
o credenciamento, mas, na verdade, acabam tendo prejuízo. Pretendemos
agendar uma reunião para definir esse assunto”, prevê Dr.
Guilherme Jaccoud.
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UNIÃO
É ESTRATÉGICA EFICAZ |
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“Para manter um hospital, temos de ser heróis”,
afirma o diretor presidente do Hospital Rio Mar, Pasquale
Mauro, durante o debate aberto aos participantes no final
da Assembléia Geral. “Se nós formos
uma só voz e estivermos coesos, conseguiremos vencer
todos os desafios”. O empresário adverte,
no entanto, que todos os hospitais precisam aderir às
decisões tomadas em Assembléia.
Para o presidente da AHCRJ, é ilusão um administrador
achar que irá conseguir encher seu hospital aceitando
trabalhar por um preço menor. “O administrador
que fizer isso irá sucumbir antes de nós,
porque um maior número de atendimentos com um preço
irreal, não irá gerar lucro, mas sim um prejuízo
ainda maior”, avisa Dr. Guilherme Jaccoud.
O presidente da AHERJ, Dr. Mansur José Mansur, também
ressalta a importância de um posicionamento fiel
e comprometido com o interesse coletivo. “A situação
do setor de saúde se agravou porque nós médicos
não agimos de forma madura e profissional. É preciso
agora raciocinar de forma empresarial”, incentiva.
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ALERJ
DISCUTE SISTEMA DE SAÚDE SUPLEMENTAR |
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Combater a propaganda
enganosa de alguns planos de saúde
e conscientizar a sociedade sobre como funciona o segmento
de saúde suplementar foram as duas propostas apresentadas
durante a Audiência Pública, que aconteceu em
16 de agosto, na Assembléia Legislativa do Estado
do Rio de Janeiro.
O evento, promovido pelo médico e Deputado Estadual
Paulo Pinheiro (PT), presidente da Comissão Especial
para Avaliar a Situação dos Usuários
ao Sistema de Saúde Suplementar do Estado do Rio de
Janeiro, reuniu representantes dos hospitais, dos médicos,
do setor suplementar, da Agência Nacional de Saúde
Suplementar e do Ministério Público.
“
O caos gerado no segmento suplementar é fruto de uma
grande desinformação da sociedade. É preciso
que a população entenda o que é ter,
na verdade, um plano de saúde, pois a maioria das
pessoas acha que uma pequena mensalidade dará direito
a muitas consultas, exames e cirurgias. Essa falsa idéia é gerada,
em grande parte, pela propaganda enganosa e do mau vendedor,
que iludem o usuário com falsas promessas”,
propõe o deputado Paulo Pinheiro.
O deputado também cobrou um posicionamento da Agência
em relação ao esclarecimento da população,
através de uma campanha nacional, e disse que irá levar
as propostas sugeridas ao Congresso Nacional, para serem
debatidas.
Para o presidente da AHCRJ, Dr. Guilherme Jaccoud, o governo
também precisa incentivar o setor de saúde
através da redução da carga tributária
e de financiamento facilitado das dívidas fiscais,
como está sendo feito com a Varig. “O que é mais
importante: transporte aéreo ou assistência
médica? Estamos há seis anos sem atualização
adequada de nossos preços. Os hospitais particulares
são empresas que precisam de remuneração
adequada para sobreviver e pagar seus funcionários
e demais insumos. É bom lembrar que é obrigação
constitucional do Estado oferecer assistência médica
a todos os brasileiros. Como o governo não consegue
cumprir com o seu papel, surge a assistência, dita
suplementar, mas que é responsável pelo atendimento
a uma grande massa de brasileiros”, afirma.
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